Seja bem-vindo ao blog de Gustavo Teixeira. Hoje é

Solo de Samba Metal por Gustavo Teixeira

Solo livre de Pratos por Gustavo Teixeira para AGEAN CYMBALS - TURQUIA

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Como um baterista deve se comporatr para ser um excelente baterista e um excelente profissional!

Workshop de bateria




Com Gustavo Teixeira



Debate: “ como o baterista deve se comportar na música.”

“ como o baterista deve se comportar em conjunto”

“como o baterista deve se comportar em solos”





“ como o baterista deve se comportar na música.”



O baterista moderno deve observar que a música atualmente é muito mais simples e direta. Isso porque o ritmo de vida atual dentro da sociedade é exatamente o reflexo dessa condição, ou seja, a música é uma forma de expressão, sendo assim a música é a ponte de ligação entre o cotidiano das pessoas e o que elas estão aptas a ouvir.



O baterista deve se comportar como um músico e não como um performático, aquele que só quer aparecer, fazer rolos diversos nas mais variadas partes da música como se estivesse competindo com os outros músicos do conjunto. Não é bem assim! A idéia do baterista na música é transmitir uma mensagem, e esta mensagem está associada ao fator de harmonia, que é a condição de se estar compartilhando seu instrumento (bateria), com outros instrumentos! Deste modo o baterista é um músico e não um competidor de viradas, “pratadas”, velocidade...



O modo correto então seria a utilização de fatores importantes para serem analisados, como exemplos:



1- que tipo de música vai executar?



2- estruturar toda a música partindo de um conceito básico que é:



(começo, meio e fim)



começo- a maneira como vai iniciar a música

rápida/lenta - alta/baixa – com rolos/sem rolos.



meio – usar a dinâmica para que a música não fique igual do início ao fim, como por exemplo o DRUM&BASS, que é um ritmo eletrônico que é constante sem nuances e sem dinâmica!



Fim – parte importantíssima para o fechamento da música, sendo aconselhável entender se vai terminar a música de uma vez ou se vai ter convenções, ou ainda solos.





Com essa idéia dividimos a música assim:



Músicas com solos , clichês e convenções



Solos – partes de uma música na qual o músico (baterista) venha a ficar livre para improvisar ou executar partes (clichês) já programados e ensaiados a fim de enriquecer a música.



Clichês – partes fragmentadas de idéias já concebidas através de ensaios com a banda ou sozinho, a fim de marcar uma parte certa da música para tal execução, ou seja, partes já definidas dentro de uma canção.



Convenção – partes da música que já estão ensaiadas e determinadas em locais estratégicos da canção, a fim de causar mais impacto e apreensão de quem esta ouvindo. Que consiste em todos os músicos tocarem a mesma coisa ao mesmo tempo!



Relacionamento:



Música / baterista / artista / produtor musical



Partindo desses conceitos básicos temos uma noção de como é complexo ser um baterista que não toca de maneira complexa, isso pelo simples fato de que produtores musicais e artistas solos preferem músicos (bateristas) que executem suas músicas de maneira simples e funcional, sem estrelismo ou ego.

Levando em consideração que música repleta de coisas complexas não são de agrado da maioria das pessoas, e que os “produtores musicais” ou “artistas solo” não querem que seus trabalhos sejam colocados a mercê de músicos afoitos!

Sendo assim o certo é ser simples! Simples é mais, menos é mais $$$$$$$$$$$$$!

Quanto mais complexa for a música mais tempo vai demorar para ficar pronta, demorando mais tempo fica mais caro concluir a mesma, ficando mais caro o produtor musical terá mais gastos, mais gastos poderão interferir na empreitada musical do artista, e assim vir tudo por água a baixo. Não é isso que você quer, pois isso acontecendo caímos naquele dilema de que mais e mais produtores musicais estão querendo fazer suas produções em computadores, pois são mais rápidos e mais precisos que os músicos, porém, não tem a mesma sensibilidade das nuances musicais que só o humano pode reproduzir.

Por isso seja mais simples possível na elaboração de suas idéias para que elas sejam bem colocadas no contexto geral da música, fazendo assim que todo o processo seja mais fácil e mais musical possível! A não ser que seja um trabalho de rock progressivo, fusion, jazz, latin ou coisas do gênero. Assim pode-se tentar estruturar coisas elaboradas para que a música fique mais rica! Lembrando que a música ficar mais rica não significa que deve-se colocar mais notas, não é isso! Dependendo da música levando ela do início ao fim de maneira simples ela também poderá ficar rica. Dependendo do estilo musical traçamos metas para que possamos colocar mais ou menos notas na música. Desse jeito fica mais fácil para o baterista conseguir maior exatidão em seus trabalhos e com isso ter mais contratos para tal coisa!







“ como o baterista deve se comportar em conjunto”



lembrando que o baterista sozinho não é nada e que a música por si só depende de: harmonia, melodia e ritmo. A prática em conjunto deve ter esses três elementos fundamentais para a composição ser aceitável e audível. Desse modo o baterista deve se comportar como parte integrante de um conjunto, como uma equipe de futebol! um depende do outro, ninguém ganha um jogo sozinho! Então partindo desse conceito simples temos que objetivar metas a serem traçadas, assim como um bom relacionamento entre os integrantes de um conjunto conta ponto favorável para uma boa performance, e acima de tudo há um relaxamento natural para um trabalho em grupo, que exige concentração, dedicação e acima de tudo paciência!!!!!



Harmonia –melodia e ritmo



Para um entendimento maior devemos respeitar os três principais itens para uma canção ser um canção:



Harmonia defini-se como: combinação dos sons simultâneos



Melodia defini-se como: combinação dos sons sucessivos



Ritmo defini-se como: movimento ordenado dos sons no tempo



Harmonia – é a maneira como estão arrumados os instrumentos na música, sem harmonia não há música. Por exemplo: o baterista trabalha com um ritmo, assim como o guitarrista base faz a base, e o guitarrista solo sola em cima do que o baterista, o baixista e o guitarrista base estão fazendo, desse modo o vocalista entra em acordo com os demais instrumentos para que ocorra a música, ou seja, harmonia é a forma como todos devem respeitar o espaço do outro, havendo uma conciliação de todas as partes para que ocorra um sincronismo geral do conjunto, e no fim gere música.



Melodia – é a parte que define a música, assim como a reconhecemos, por exemplo; a melodia é a maneira mais fácil de identificarmos uma canção, mesmo que ela seja apenas tocada por um instrumento harmônico, e até mesmo por um instrumento percussivo como é o caso da bateria, ou seja, melodia é a idéia que define a música por notas sucessivas que dão formato e definição de uma canção.



Ritmo – esta é a parte que o baterista tem o papel de desempenhar em conjunto, pois é ele que dita o tempo, a velocidade e a dinâmica durante a execução da música, ou seja, ritmo é o balanço da música, como ela está sendo colocada e como ela deve permanecer. Sem o ritmo a música não teria divisões, que são as “divisões rítmicas”, com o propósito de definir as partes em conjunto de cada integrante, e ainda serve para a marcação de todas as partes individuais se encaixarem no contexto geral da música, proporcionando assim uma noção

de definição de notas.



A noção básica de: harmonia, melodia e ritmo são de extrema necessidade para que o baterista possa interagir com outros músicos, pois sem essas noções o baterista se restringe a tocar sozinho.



Estudo da dinâmica



A dinâmica é a parte mais importante da música, pois sem ela o baterista seria como uma máquina, sem sentimento e sem a utilização de nuances que dão um colorido a música com o propósito de deixa-la mais atraente para se ouvir.

A dinâmica trabalha com o intuito de estabelecer trechos definidos ou não, como os improvisos para que a música tenha altos e baixos sem sair de tempo, ou até mesmo sair dele para que haja uma interação da banda com a platéia a fim de gerar um sincronismo mútuo, que é essa energia que só a música é capaz de transferir para as pessoas de qualquer parte do mundo!



Dinâmica é o trabalho de: movimentação da música, que são todos os elementos acima colocados de maneira muitas vezes inconsciente pelo músico que fazem toda a diferença na execução de uma canção. Ou ainda a maneira de ter variações de intensidade na música, ou trechos dela. Tocar alto, depois mais baixo, etc.









Definição de utilização das técnicas certas nas partes da música







Técnicas e suas utilizações na música



A música deve ter partes já definidas pelo baterista a fim de ajudar o processo de composição ou arranjo da mesma. As partes que um baterista deve fazer na música podem ser definidas como: “técnicas exigidas para composição de bateria”



São elas: introdução, ritmo ou ritmos, rolos “viradas” (FILLS), condução: fraca ou forte, dinâmica e fim da música.



Em uma composição musical o baterista deve ordenar o que fazer, e em que hora ele deve fazer sua parte ou partes na música. isso para que se tenha tudo bem analisado e pronto com a intenção de facilitar a execução da canção. É importante ter pronto o que se vai fazer na música, de preferência de forma escrita pois muitas vezes não se tem tempo para ter que lembrar o que se deve fazer! Então se não sabe ler tente memorizar essas partes e sentir a fluência da música, tente usar o “FILLING”, sentimento musical para que possa saber utilizar esses meios que farão toda a diferença de um profissional para um amador.











Introdução



Saiba utilizar bem a contagem e o andamento certo para começar bem a música, pois não adianta contar mais lento e depois ir acelerando, a música fica estranha de se ouvir! Um bom começo define um bom fim!



Ritmo ou ritmos



Analise os ritmos que vai utilizar na música, ou músicas! Para que já tenha estabelecido e definido o que dará forma a música, pois o ritmo deve ser o ponto forte de uma composição, é ele que faz a massa dançar, e é ele quem faz a base para todo o conjunto se manter sincronizado.





Rolos “viradas” (FILLS)



Nunca exagere nesse item, pois as famosas “viradas” podem destruir toda música, e ainda atrapalhar a harmonia com o restante da banda. Com o excesso de “viradas” o baterista tem mais chances de cometer um erro em relação ao tempo ou ao andamento. Fique atento a isso! treine as “viradas” certas para a ocasião que mais convém encaixá-las, pois não exceda! e também não fique reto do início ao fim.

Tente ser coerente com si mesmo e com a música, e ainda respeitar os outros músicos para que todos possam ter sua hora de aparecer. Senão vai ser aquele famoso baterista que todos falam: “ Há aquele quebra tudo!”



Condução: fraca ou forte



Na música devemos analisar que existem partes das quais devemos acrescentar algo mais. como exemplo a utilização do prato de condução. Tente usar ele nas horas certas, como no início de uma estrofe ou de um refrão, num solo de guitarra que peça mais presença de harmônicos para preenchimentos e um sentido forte para aquela parte em questão.

Já a condução mais fraca utilize-a em partes que a voz precise de mais apoio harmônico ou em partes da música que tenha espaços suficientes para que isso possa acontecer. A diferença entre condução forte e fraca é que ambas tem a mesma intenção, mas utilizar uma e outra partirá do bom senso e bom gosto musical de cada baterista. “personalidade musical” faz a diferença na hora de diferenciar um baterista de outro. É algo que se adquiri com muitos anos de experiência e treinos.



Dinâmica



A dinâmica está relacionada com todas essas técnicas acima, só que a maneira de como você utiliza uma peça da bateria que pode definir e diferenciar uma parte musical de outra, fazendo assim um diversidade de elementos dos quais darão uma idéia mais ampla de como fazer música usando assim: sonoridades diferentes em uma mesma peça da bateria, tempos deslocados e altura de execução, são partes importantes que a dinâmica atua.



Principais andamentos para execução da música:



Nota: o andamento é o grau de lentidão ou rapidez que se imprime ao movimento na execução musical.



São três tipos de andamentos, conforme a velocidade:

Lentos, moderados e rápidos



São indicados por palavras italianas.



Andamentos lentos



Largo

Larghetto

Lento

Adágio





Andamentos moderados



Andante – mais que o adagio

Andantino – mais movido que o andante

Moderato – moderado

Allegretto – mais que o moderato



Andamentos rápidos



Allegro - Rápido

Vivace – mais rápido que allegro

Vivo – mais movimentado que o vivace

Presto – muito rápido

Prestíssimo – mais rápido que o presto



Os andamentos podem se modificados momentaneamente de acordo com a expressão de cada trecho pelos vocábulos que se seguem, também na língua italiana.



Apressar o andamento



Accellerando - accel.

Affrentando - affret.

Stretto – stret.

Stringendo - string.





Diminuir o andamento



Allargando – allarg.

Rallentando - rall.

Ritenuto - rit.

Ritardando - ritard.



Andamento à vontade do executante



A vontade, ad libitum, a piacere, comodamente.



Rubato – é um ligeiro relaxamento da tensão rítmica à vontade do executante.



A música também tem suas nuances de intensidade para que ela não fique monótona ou igual do inicio ao fim. para isso existem os sinais de intensidade, que definem essas condições. Muito usadas por maestros em suas composições.



Piano – p – suave

Mezzo piano – mp – meio suave

Pianíssimo – pp – suavíssimo

Forte – f – forte

Mezzo forte – mf –meio forte

Mezzo você – a meia voz

Sotto você – em voz baixa

Morendo – morrendo o som

Smorzando – diminuindo o som

Perdensosi – perdendo o som

Calando – extinguindo o som

Diminuendo – decrescendo o som

Crescendo – crescendo o som

Sforzando – sfz – acentuando o som.



Usa-se sinais de crescente e decrescente para utilização em parte ou partes da música



< crescendo



> decrescendo



todos esses termos poderão ser usados pelo maestro ou produtor musical na condição de execução, ou preparação de arranjos para a música ou para cada instrumento.

 
 
 
Participem, comentem, divulgem este workshop, grato Gustavo Teixeira